ANDRÉ E FELIPE VALADÃO QUEREM SEGREDO DE JUSTIÇA SOBRE O CASO DO USO DA MARCA LAGOINHA
Depois da briga judicial pelo uso do nome "Lagoinha" entre André Valadão e seu cunhado Felipe Valadão, ambos querem segredo de Justiça.
ENTENDA O CASO: O pastor Felipe Valadão, da Lagoinha Niterói, foi acionado na justiça pelo seu cunhado, André Valadão, presidente da Lagoinha Global, para que não usasse mais o nome da instituição em sua igreja em Niterói, RJ.
A Igreja Lagoinha Niterói, comandada por Felipe não está vinculada à Lagoinha Global e portanto, não está sujeita à autoridade de André. No entanto, Felipe afirma que foi autorizado a usar o nome pelo patriarca da igreja, Márcio Valadão, hoje afastado das atividades pastorais e da direção da igreja.
André pede indenização pelo uso da marca e quer cobrar uma espécie de franquia, como é exigido de todas as congregações que fazem parte da Lagoinha Global.
Após o reboliço causado na mídia, ambos, Felipe e André, querem segredo de justiça e exigem que o site "O Fuxico Gospel" retire todas as matérias sobre o assunto veiculadas pelo site.
Essa censura prévia não vai colar, uma vez que igrejas são uma espécie de associações e portanto, públicas e a Constituição Brasileira garante a liberdade de imprensa.
Não é a primeira vez que o sr. André Valadão se envolve em questões polêmicas e é destaque na mídia. No dia 2 de julho de 2023, André Valadão transmitiu um culto ao vivo em que reiterou ataques à população LGBT+. Durante a transmissão intitulada “Teoria da Conspiração” feita pela Igreja da Lagoinha, em Orlando, nos Estados Unidos, o pastor insinuou que evangélicos deveriam matar a população LGBT+.
Após as manifestações do senador Fabiano Contarato (PT- ES) e da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), o Ministério Público Federal anunciou que iria apurar possíveis crimes de homofobia e transfobia pelo pastor André Valadão. A Justiça determinou a retirada dos vídeos de Valadão do ar.
Felipe Valadão também já teve de se explicar à Justiça pelo crime de intolerância religiosa após um ataque a religiões de matriz africana em evento oficial de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O fato aconteceu em maio de 2022. Ele foi indiciado no dia 16 de abril de 2024 pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
Só o fato da família Valadão se digladiar na Justiça por causa do nome da igreja já é um escândalo e um péssimo exemplo para os fiéis. Além disso, fica bem patente aos olhos dos de fora que a briga alí é muito mais do que por nome. Isso certamente contraria os princípios cristãos e mostra a ganância que se esconde por trás de tudo isso.
Haroldo Mendes - Jornalista
Comentários
Postar um comentário