REVERENDO PEDE QUE PREGADORES NÃO USEM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA PREPARAR SERMÕES

 

O uso de inteligência artificial (IA) na preparação dos sermões se tornou uma preocupação da liderança de muitas igrejas. Um dos que expressaram sua preocupação foi o reverendo Martin Seeley, da Igreja da Inglaterra.

Em um pronunciamento, Seeley – bispo de St Edmundsbury e Ipswich – enfatizou que o clero não deve usar inteligência artificial para escrever sermões, pois isso não consegue “transmitir a fé ou integridade do pregador”.

O bispo afirmou que recentemente participou de uma conferência sobre sermões, onde muitos estavam “bastante abertos aos benefícios” de se usar a inteligência artificial, o que o deixou alarmado.

Um dos participantes, disse o reverendo, descreveu como vantajoso o fato de que “tudo o que o aplicativo de IA faz é pegar o trabalho de outras pessoas — inúmeras fontes às quais ele tem acesso — e moldá-lo em um sermão de acordo com as instruções do pregador”.

Entretanto, Seeley destacou o perigo de remover a contribuição de um indivíduo no processo: “Um pregador deve ter fé e integridade, e isso precisa transparecer quando ele prega. Como um sermão construído eletronicamente, onde o pregador simplesmente disse ao dispositivo de IA o que escrever, pode transmitir a fé ou integridade do pregador?”, questionou.

“Afinal, na pregação, o próprio pregador é uma parte fundamental da mensagem. Com esse aumento na inovação tecnológica, pode ser difícil, eu acho, lembrar o que significa ser um ser humano em tudo isso. Temos sido tentados a tratar a tecnologia como substitutos dos seres humanos – em vez de agentes de conexão humana”, acrescentou o reverendo.

De acordo com informações do portal Daily Mail, Seeley demonstrou seu zelo pela pregação e seu propósito: “O Chat GPT pode muito bem produzir um sermão bem elaborado, mas os melhores comunicadores são aqueles que se conectam com sua congregação em um nível mais profundo, de pessoa para pessoa”, afirmou.

Seeley também contrapôs aqueles que argumentam que a IA é “apenas uma extensão do que acontece agora, onde um pregador examina livros e lê sermões de outras pessoas antes de moldar o sermão que irá pregar”, ponderando que “um sermão de IA não substitui um sermão pregado diretamente do coração”.

Ao final, o bispo da Igreja Anglicana disse que a IA “pode acelerar o processo de escrever um sermão, uma redação ou qualquer outra coisa, mas, como o nome sugere, mas segundo ele, será sempre ‘artificial’”. (Fonte: Gospel+)

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