JUSTIÇA DETERMINA QUE "APÓSTOLO" RINA, LÍDER DA IGREJA BOLA DE NEVE, ENTREGUE ARMAS EM 48 HORAS
O pastor é investigado por suspeita de “ameaça, difamação, injúria, lesão corporal, violência doméstica e psicológica” contra esposa.
O desembargador Hugo Maranzano deu 48 horas para que o pastor entregue à Justiça todas as armas que estão em sua posse. Ele destaca que a própria defesa do acusado confirmou a posse e já tinha colocado a arma “à disposição” da Justiça.
O "apóstolo" Rina é acusado por lesão corporal, violência psicológica, ameaça, injúria e difamação feitas pela esposa do líder religioso, a pastora e cantora gospel Denise Seixas . Em depoimento à Polícia Civil, ela disse que sofreu diversos tipos de agressão durante todo o relacionamento com o pastor, de xingamentos a violência física.
Denise Seixas relatou diversos tipos de agressão por parte de Rinaldo, como socos no rosto, cadeira jogada na direção dela e ameaças para ter relações sexuais com o pastor.
No dia 12 de junho, a Justiça concedeu uma medida protetiva para Denise. De acordo com a decisão, Rinaldo deve se manter pelo menos 300 metros de distância da mulher, seus familiares e eventuais testemunhas do processo. Além disso, ele está proibido de manter qualquer tipo de contato com a vítima, mesmo que por intermédio de terceiros.
A cantora gospel disse que nunca denunciou Rinaldo por “medo de sua influência”. Segundo ela, nos últimos dois meses, perdeu o acesso às redes sociais e teme que alguém faça algo contra sua reputação.
Denise Seixas também afirmou que não tem acesso às suas finanças, tendo que recorrer a uma pessoa indicada por Rinaldo sempre que precisa de dinheiro.
Em nota à imprensa, Rinaldo Pereira negou “qualquer prática violenta” e disse confiar na apuração “isenta e técnica” de todos os fatos pela Polícia Civil e Ministério Público.
Há também uma outra cusação que pesa contra Rina, uma ex-funcionária denunciou no dia 21/06, que Rinaldo Pereira, conhecido como Apóstolo Rina, por importunação sexual. Segundo relato da vítima à polícia, o crime aconteceu em 2017, período em que a mulher trabalhava para o líder religioso.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher trabalhava na igreja Bola de Neve quando, em 2012, foi chamada por Rinaldo para trabalhar em sua casa. De acordo ela, o suspeito sempre a chamava até o último andar da casa, local onde funcionava uma espécie de academia e uma sala de TV.
A vítima relatou na ocorrência que, nessas idas, Rinaldo passava por ela sem camisa, pedia ajuda para realizar os alongamentos e solicitava massagens. A mulher revelou que o homem também a massageava e que, em certas ocasiões, aproximava as mãos de seus seios.
Ainda segundo a ex-funcionária, Rina teria a puxado pelos braços de frente e ela se desvencilhou e saiu da casa.
Os advogados do "apóstolo" negam a violência e dizem que irão processar a mulher.
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