UM RETORNO NECESSÁRIO À BÍBLIA E AOS PAIS APOSTÓLICOS
Na minha percepção, um dos maiores males que atinge a Igreja Evangélica Brasileira hoje é a falta de espiritualidade e de conhecimento bíblico.
Não é novidade para ninguém que as tão disputadas e queridas "Escolas Bíblicas Dominicais", há muito tempo desapareceram das igrejas. Nem se cogita mais implantá-las e é notório que desde o seu sumiço, lá pelos anos 90, o ensino bíblico dos crentes decresceu de maneira considerável. Mas não é só isso.
Brasileiro ama copiar modismos americanos. E eu desconheço país no mundo onde se produza mais heresias do que nos Estados Unidos da América. É de lá que chegam aqui em terras tupininquins os maiores absurdos teológicos. Fanesose, (cai, cai), unção do riso, cola santa, paternidade, teologia da prosperidade e as mais diversas e criativas maneiras de amealhar o dinheiro dos fiéis e manter o povo de Deus cativo em superstições e fanatismos. Tudo vem de lá, dos megas-teles pastores norte americanos. E é como se diz por lá, gospel is business. (Evangelho é negócio)!
Não bastasse essas crendices no meio pentecostal e neopentecostal, esses absurdos chegaram também nas igrejas protestantes históricas. Batistas, metodistas, presbiterianas e até, pasmem, em algumas províncias anglicanas no Brasil, que aderiram também ao neopentecostalismo de mercado. Paredes pintadas de preto, jogos de luzes, muita encenação e pirotecnia, fazendo do culto um verdadeiro espetáculo de luzes e cores. Afinal, onde vamos para com tudo isso acontecendo?
Penso que deve haver por parte das igrejas um retorno aos primeiros pais. Primeiro um estudo acurado das Escrituras neotestamentárias e depois, conhecer os ensinos dos pais apostólicos e dos pais da igreja. Porque foram eles quem estiveram mais próximos dos acontecimentos da Igreja Primitiva. Eles foram discípulos dos discípulos de Jesus e têm muito a nos ensinar.
Precisamos voltar à tradição apostólica da igreja e reconhecer que nos afastamos e que perdemos o vínculo, não só com os pais apostólicos, mas também com os reformadores do século XVI.
Oremos por uma igreja mais apostólica e bíblica!
Haroldo Mendes
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